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Como Evangelizar sua Família: o exemplo prático da Clara

Atualizado: 29 de out.


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Evangelizar a família é uma das tarefas mais belas e desafiadoras da caminhada cristã. Falar de Jesus a quem viu nossa infância, nossos erros e recomeços, exige algo além de técnicas: exige amor, escuta e o poder do Espírito Santo.


Muitos cristãos têm o desejo sincero de ver seus pais, filhos, irmãos ou cônjuges conhecendo a salvação em Cristo, mas não sabem como iniciar a conversa, têm medo de rejeição ou se sentem incapazes. Este momento é para lembrar que evangelizar a família é possível, e que Deus deseja usar cada um de nós como instrumentos de amor e graça dentro do nosso lar.


Jesus também enfrentou a dificuldade de ser ouvido entre os seus. O evangelho diz:

“Nenhum profeta é desprezado senão na sua pátria, entre os seus parentes e na sua casa.” (Marcos 6:4)

Mesmo assim, Ele não desistiu de amar, de semear e de contar histórias.E é isso que somos chamados a fazer: ouvir, compreender, narrar e confiar que a Palavra faz o que nós não podemos.

“Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa.” (Atos 16:31)

Essa promessa não é um acaso. Deus ama famílias e deseja que sua graça toque cada geração.


1. O evangelho que se ouve com o coração


Antes de falar, precisamos aprender a ouvir.Ouvir é um ato espiritual. Quando escutamos nossos familiares com atenção, entendemos suas dores, dúvidas e esperanças. O evangelho não chega impondo respostas, mas caminhando pelas perguntas.


Evangelizar não é vencer debates, é revelar o amor de Deus dentro da história de cada um.Cada pessoa tem uma história, um contexto, uma “cultura de dentro de casa”. E o evangelho se encarna nesse lugar — assim como o Verbo se fez carne e habitou entre nós.

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.” (João 1:1-3)

A Palavra tem poder criador. Foi pela Palavra que o universo surgiu, e é pela mesma Palavra que corações são recriados. Quando falamos do evangelho, não estamos apenas transmitindo ideias, estamos liberando vida.


2. O Evangelho em cinco passos


O evangelho é simples e profundo como um rio que corre silencioso.Cinco versículos nos ajudam a compreender sua essência:


O problema – Todos pecaram

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” (Romanos 3:23)

A consequência – O pecado traz morte

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 6:23)

A solução – Deus amou o mundo

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)

A resposta – Crer e confessar

“Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” (Romanos 10:9)

A nova vida – Tudo se faz novo

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (2 Coríntios 5:17)

O evangelho é boa notícia contada em palavras simples.E às vezes, a melhor forma de dizê-lo é contando histórias — histórias da Bíblia, histórias de vida, histórias em que o amor de Deus se revela no cotidiano. Quando contamos histórias, abrimos janelas de sentido, e o Espírito sopra por elas.


3. Como falar com sabedoria e poder


Há poder nas palavras quando elas nascem do coração cheio do Espírito. Jesus disse:

“Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas.” (Atos 1:8)

E também:

“Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.” (João 14:12)

Não é um poder que vem de estratégias humanas, mas do próprio Espírito que habita em nós. É por isso que não precisamos temer nem sentir vergonha de falar. A vergonha cala o evangelho, mas o amor o faz ecoar.


Evangelizar não é confiar na eloquência, mas no poder do evangelho, como disse Paulo:

“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.” (Romanos 1:16)

Então fale. Ore antes, e fale. Não espere o momento perfeito — confie no Espírito que age nas imperfeições.


E enquanto fala, faça isso com amor e humildade:

“Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós.” (1 Pedro 3:15)

4. O poder de contar histórias


Em “Nações e Narrações”, aprendemos que Deus fala em histórias.Jesus não deixou tratados, deixou parábolas. Ele falava sobre sementes, pescadores, filhos, campos e mesas — coisas simples, cheias de eternidade. Ao contar uma história sobre sua própria vida, você faz o mesmo: traduz o céu na língua do cotidiano.

“Jesus, porém, não lhe permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti.” (Marcos 5:19)

Fale do que Deus fez. Conte como Ele te encontrou. Diga o que mudou dentro de você.Essa narrativa é a ponte que conecta o evangelho ao coração do seu familiar.

E lembre-se: cada casa é uma cultura, cada pessoa é um mundo. Quando você ouve e fala com respeito à história do outro, você faz contextualização ativa, faz o evangelho tomar forma dentro da realidade dele. Assim, a Palavra deixa de ser distante e se torna encarnada, viva e próxima.


5. O desafio do amor


Escolha um familiar. Ore por ele. Peça a Deus coragem, sensibilidade e sabedoria.Não tenha pressa. Às vezes, a semente fica invisível por um tempo, mas está germinando.

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” (Eclesiastes 3:1)

Continue sendo luz. Continue amando. Continue contando histórias.

“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.” (Mateus 5:14)

Quando o evangelho é falado com amor e vivido com verdade, ele atravessa muros e transforma lares inteiros.E assim, palavra após palavra, gesto após gesto, nossas casas se tornam altares — lugares onde o Verbo continua criando, salvando e transformando vidas.


Exemplo de Evangelização com Contextualização Ativa


Imagine que você tem uma sobrinha chamada Clara, que tem 20 anos. Ela vive em uma grande cidade, cercada de barulho, mas sente o coração silencioso. Posta fotos sorrindo, mas sente que o sorriso é só um reflexo distante do que foi. Está cansada de ouvir frases do tipo “é só ter fé”, “você precisa reagir”, “Deus tem um propósito”. Ela não quer discursos, quer alguém que a escute de verdade.


Você se aproxima. Não com respostas prontas, mas com um ouvido e um coração. Em vez de começar falando sobre religião, você pergunta:


“Clara, o que tem te doído mais ultimamente?”


Ela fala. Conta que acordar já é difícil, que sente culpa por não conseguir ser feliz, que às vezes pensa que o mundo seria melhor sem ela. Enquanto fala, você não interrompe. Você chora junto, em silêncio. E é ali, naquele espaço de vulnerabilidade, que o evangelho começa a acontecer.


1. Ouvindo antes de falar


A contextualização ativa começa com escuta. Você entende que a linguagem da dor é uma cultura própria, quem sofre fala em silêncios, em pausas, em olhares. Evangelizar Clara é entrar no território da sua dor sem julgar o terreno. É caminhar devagar, com os pés descalços, porque ali é terra santa.


Então, depois de ouvir, você diz algo simples:“Clara, sabia que Jesus também chorou?

”Ela se espanta.“Chorou? Quando?”


Você abre em João 11:35:

“Jesus chorou.”

E conta a história. Jesus perdeu um amigo chamado Lázaro. Mesmo sabendo que iria ressuscitá-lo, Ele se permitiu sentir a dor da perda. Você diz: “Jesus não ignora a tristeza. Ele entra nela com a gente.”


Ali, o evangelho começou a se encarnar na linguagem de Clara, a linguagem da dor.


2. Conectando o evangelho ao contexto


Depois de um tempo, você compartilha mais:“Clara, às vezes a gente sente que tudo perdeu o sentido. Eu também já me senti assim. Mas um dia ouvi algo que me alcançou:

‘Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.’ (João 3:16)”

E você continua:“Esse versículo me fez perceber que Deus não ama o mundo de forma genérica. Ele ama pessoas com nome, com história, com cicatrizes. Ama você, Clara. E Ele não te pede para ser forte, Ele quer ser a tua força.”


Você faz pausas. Deixa as palavras assentarem, porque o evangelho não é uma enxurrada, é chuva mansa que penetra devagar.


3. O poder da Palavra


Você lembra do que está escrito em João 1:1-3:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.”

E diz:“Clara, o mesmo Deus que criou o universo com palavras é capaz de criar esperança dentro de você. A palavra Dele tem poder de gerar vida onde hoje há silêncio.”

Você não promete cura imediata. Não nega o tratamento médico, nem espiritualiza a depressão. Mas apresenta Jesus como presença constante, o Deus que entra na noite escura e acende pequenas luzes.


4. Convidando à fé sem pressão


Depois de algum tempo de conversa, você diz: “Eu acredito que Jesus ainda está criando coisas novas. E Ele quer começar dentro de você.Podemos orar juntos? Não uma oração grande, só algumas palavras sinceras.”


Vocês oram. Você pede:“Senhor, traz vida onde há peso. Traz leveza onde há dor. Que a Tua voz, mais forte que as vozes da tristeza, diga: ‘Haja luz’.”


E ali, sem discurso, sem performance, o evangelho foi pregado.


5. O poder que vem do Espírito


Depois, em oração pessoal, você lembra:

“Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas.” (Atos 1:8)E:“Em verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas.” (João 14:12)

Você entende que o que aconteceu ali não veio de você, mas do Espírito. Não foi estratégia, foi presença. Não foi persuasão, foi poder. E é assim que o evangelho transforma: pela vida que carrega o Verbo, pela palavra falada com ternura, pela escuta que abre o caminho da fé.


Conclusão


Evangelizar alguém como Clara é praticar o amor que escuta, o evangelho que se encarna. É olhar para uma alma cansada e dizer, com simplicidade e verdade: “Você não é um erro. Você é amada por um Deus que chorou, que morreu e ressuscitou para te dar vida.”


A contextualização ativa não é mudar a mensagem, é fazer com que ela soe no idioma do coração de quem ouve.E quando a Palavra encontra o coração, ela cria. Porque foi assim desde o princípio: “E disse Deus: haja luz. E houve luz.”


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