A oralidade nas culturas
- Marcopolo Da Silva Marinho
- 24 de set.
- 2 min de leitura
Atualizado: 25 de set.

A oralidade é uma marca universal da experiência humana. Em todas as culturas, independentemente do grau de desenvolvimento tecnológico ou do acesso à escrita, a palavra falada sempre exerceu papel fundamental na transmissão de conhecimento, história e valores. Ela não é apenas um meio de comunicação, mas um tecido cultural que preserva identidades, memórias e cosmovisões.
Nas culturas indígenas, africanas e asiáticas, por exemplo, histórias são compartilhadas em rodas de conversa, rituais, músicas e dramatizações. O aprendizado acontece pela repetição, pelo ritmo e pela coletividade. Nessas tradições, contar histórias não é apenas “informar”, mas formar pessoas, transmitindo códigos de conduta, sabedoria ancestral e sentido de pertencimento.
Mesmo em sociedades fortemente letradas, a oralidade continua presente. Sermões, testemunhos, músicas populares e até a comunicação digital (como podcasts e vídeos curtos) revelam que a escuta e a narrativa permanecem centrais para a formação da consciência coletiva.
Do ponto de vista bíblico e missionário, esse aspecto cultural é crucial. Foi através da oralidade que os patriarcas transmitiram a fé de geração em geração, que os profetas proclamaram a Palavra do Senhor e que os apóstolos anunciaram o evangelho antes mesmo da circulação dos manuscritos. A oralidade, portanto, não é uma forma “inferior” à escrita, mas uma via legítima e poderosa pela qual Deus decidiu se revelar e pela qual o evangelho continua sendo comunicado.
Reconhecer a importância da oralidade nas culturas é também um chamado para a missão. Onde quer que estejamos — em contextos urbanos ou rurais, em sociedades de alta ou baixa alfabetização — precisamos valorizar a narrativa, a escuta e o diálogo como instrumentos divinos para transmitir a verdade do evangelho.
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